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Presidente da Ferrari sobe tom contra Liberty Media e fala até em campeonato alternativo: “Estão brincando com fogo”

A Ferrari parece disposta a roubar a cena e protagonizar o morno noticiário de fim de ano com uma série de ameaças ao Liberty Media. A equipe de Maranello se mostra insatisfeita às ideias do novo dono da F1, que é a de tornar o esporte mais igual e oferecer mais chances aos outros times do grid. Na visão de Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, as ideias pensadas por Chase Carey e Ross Brawn, antigo diretor-técnico da escuderia, não combinam com o caráter da F1.
Marchionne falou aos jornalistas no evento de Natal da Ferrari nesta segunda-feira e teve a entrevista veiculada pelo diário ‘La Gazzetta dello Sport’. E subiu o tom das ameaças ao Liberty Media com um velho discurso: o de deixar a F1 para liderar a criação de um campeonato alternativo, arrastando consigo outras equipes do Mundial.
O cenário era parecido em 2011. À época, a F1, ainda sob propriedade da CVC Capital Partners, estava prestes a negociar um novo acordo de direitos comerciais com as equipes. E a Ferrari, então presidida por Luca di Montezemolo, ameaçou a antiga dona do esporte. Tudo, claro, para ter uma fatia maior do bilionário bolo destinado às equipes do grid.
“Nós devemos ser muito pragmáticos. No fim de 2012, os contratos de cada time com a CVC vão terminar. Então, temos duas alternativas: renovamos com a CVC ou criamos nossa própria liga, como a NBA. Apenas para administrar as corridas e os direitos de TV”, afirmou o ex-mandatário à emissora CNN.
Pouco mais de seis anos depois, o discurso de Marchionne tem suas semelhanças nas ameaças à gestão da F1, agora liderada pelo Liberty Media.
“O que mais me incomoda é que existe um homem com a experiência de Ross Brawn, que procura maneiras de lutar contra o DNA da F1. Fazer carros todos iguais, com motores simples e econômicos, como a Nascar, não interessa para nós”, disparou o chefão da Ferrari.
“Temos de buscar um equilíbrio nas decisões para o futuro que satisfaçam a todos, e acho que vamos fazer isso com o tempo. Caso contrário, a Ferrari vai embora. Se eles acreditam que estamos blefando, eles estão brincando com fogo”, ameaçou.
“Na renovação de contrato com o Liberty, há a possibilidade de se desvincular, em oposição ao Pacto da Concórdia, e acho que a Ferrari tem a força para arrastar outras [equipes] para um campeonato alternativo”, complementou Marchionne.
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