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A interminável contagem de votos pela reforma da Previdência

A interminável contagem de votos pela reforma da Previdência



Reforma da Previdência: presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que se não houver a garantia de votos suficientes, é melhor não colocar a reforma na pauta

Quinta-feira é o dia que termina a semana útil no Congresso e, desta vez, o dia chega com uma amarga conclusão para o governo: a promessa feita no final de novembro de votar a PEC da reforma da Previdência em primeiro turno na primeira semana de dezembro não foi concretizada. Diversos aliados já avisavam da dificuldade e poucos acreditaram no discurso governista.

O governo tenta mostrar otimismo. No discurso, as coisas até estão funcionando. Ontem, o partido do presidente Michel Temer (PMDB) fechou questão para que todos os deputados votem pela reforma.

O PTB – de Roberto Jefferson – fez o mesmo. Tecnicamente, 76 parlamentares das duas legendas estariam obrigados a votar favoráveis.

Mas nem o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), acredita que isso deva acontecer. Nas contas governistas, são 290 votos favoráveis e o Planalto está disposto a colocar em votação o texto na próxima semana se confirmar em torno de 320 – antes, dizia ser necessário ter 330 confirmados.

Para Ramalho, não mais que 160 deputados estariam dispostos a votar com o governo. Ele próprio, mesmo sendo do PMDB, se diz contrário.

Outros parlamentares do partido – como o catarinense Mauro Mariani – também podem ir contra a indicação da sigla. Como artifício para não serem punidos, podem faltar à sessão.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que se não houver a garantia de votos suficientes, é melhor não colocar a reforma na pauta. Até quando o governo – e o país – está disposto a esperar pela contagem de votos?






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