

O analista de sistemas Luiz Neri Júnior, que mora em Salvador, tenta há mais de um ano comprovar que a placa do carro dele foi clonada. A compra do veículo também foi feita na capital baiana, em dzembro de 2016, mas ele já recebeu multas das cidades de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, e de Senhor do Bonfim, no norte da Bahia. Luiz conta que nunca foi nos lugares onde o carro foi multado.
Na hora de resolver o problema, o analista de sistemas descobriu que a situação dele é mais complicada do que parece. É que o setor de multas é diferente do de clonagens no Detran, ou seja, Luiz precisou recorrer de cada multa em separado e abrir um processo de avaliação de clonagem de veículos. Contudo, o processo todo leva ao menos seis meses. Diante do problema, o IPVA venceu e ele precisou pagar, não só o imposto, mas todas as multas. "É um estresse diário. Fui no Detran mais de 20 vezes. Chega lá, a pessoa manda ir para outro setor", desabafou Luiz.
Conforme relatou o analista de sistema, a compra do carro foi feita no dia 13 de outubro de 2016, e três dias depois o veículo foi multado em Feira de Santana. Enquanto tentava comprovar que não esteve em Feira de Santana, outras duas multas registradas no mesmo município chegaram. Além disso, em dezembro do ano passado, ele recebeu outra multa, só que da cidade de Senhor do Bonfim, no norte da Bahia. "Vai fazer um ano agora em dezembro que eu comecei o processo", denunciou.
O veículo de Luiz está nas estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA). Conforme o órgão, o número de carros com placas clonadas na Bahia cresceu 40% nos últimos três anos. Ainda conforme o Detran, de janeiro a outubro deste ano, mais de 600 pessoas solicitaram troca de placa por causa de clonagem. Em 2016, 99 carros foram autorizados a trocar a placa e este ano, até agora, já são 138.
O Detran explica que quando a placa de um carro é clonada é a vítima que precisa provar que não está cometendo infrações. A coordenadora do setor de clonagem do Detran, Isabela Marques, disse que quando um carro é clonado, o dono do veículo precisa fazer um boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil e comprovar, através de documentos e fotos, que não era o carro dele que estava no local onde foi multado. O caso deve ser levado ao setor de clonagens.
"Nós não temos um motivo desse volume ter aumentado tanto. Nós não investigamos aqui com relação a alteração de chassi, isso é outra investigação, que cabe à corregedoria [do Detran] e envolve provavelmente a Polícia Civil", explicou Isabela.
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