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Concurso Polícia Civil-RJ: enquanto São Paulo abre 2.750 vagas, Rio tem déficit

Na contramão do bom exemplo dado pelo governo de São Paulo, que autorizou na última semana concurso para 2.750 vagas na Polícia Civil, o Rio de Janeiro sofre com a falta de policiais nas delegacias.
Enquanto a criminalidade aumenta no estado (mais de 2,9 mil pessoas foram mortas entre janeiro e maio), exigindo melhora nas investigações, a Polícia Civil, responsável por elas, tem pouco mais de 6 mil do efetivo na ativa, quando o necessário são 23 mil.
É verdade que a situação fiscal dos estados são bem diferentes, já que o Rio vive a mais grave crise financeira de sua história.
Entretanto, o bom exemplo de São Paulo deve servir de lição para o Rio, na visão do diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol-RJ), Fernando Bandeira.
"(São Paulo) acaba sendo, nesse caso, um exemplo a seguirmos. O Estado do Rio precisa aproximar o seu efetivo da melhor situação possível. Não podemos ter uma Polícia Civil fraca, pois, desta forma, a investigação fica prejudicada. E hoje ela está enfraquecida", informou justificando com dados.
"Somos 9.500 policiais civis, sendo que 20% desses estão de férias ou licença, restando apenas 6 mil na ativa. Isso é muito pouco para um estado do tamanho do Rio de Janeiro. Precisamos da chamada dos aprovados dos concursos válidos e de novas seleções. Isso é fundamental para garantir uma Polícia Civil forte e melhorar as investigações", comentou.
Antes de pensar em chamadas de aprovados e novos concursos, contudo, o governo precisa colocar os salários dos servidores em dia.
Os vencimentos de agosto ainda não entraram nas contas dos profissionais, assim como o 13º salário do ano passado.
"Isso é fundamental também. Sempre estamos cobrando do governador, secretário e chefe da Polícia Civil. Isso, porém, depende da Fazenda. Nossa expectativa é que o empréstimo da União resolva esse problema e traga os concursos de volta", afirmou Bandeira.
Deputado defende chamada de aprovados e novos concursos
Integrante da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Paulo Ramos (Psol) defende a chamada de aprovados de concursos da Polícia Civil e abertura de novas seleções.
Segundo ele, as aposentadorias de servidores e o déficit já existente na corporação não darão outras alternativas ao governo.
"Não haverá outra alternativa ao governador que não seja abrir concursos públicos. Ele terá que chamar aprovados de seleções encerradas e abrir novas. Não há outra solução. Temos papiloscopistas e oficiais de cartório da Polícia Civil formados, aguardando nomeação. Isso precisará ser cumprido. Vamos continuar na luta para recuperação da receita, embora este governo esteja 'pondo os pés pelas mãos", disse.
De concursos realizados, falta à Polícia Civil dar posse a 96 papiloscopistas e 248 oficiais de cartório. Há ainda 220 papiloscopistas excedentes, aguardando serem chamados para o curso de formação.
Segundo informou o Jornal Extra, o 13º salário de 2016 será quitado nos próximos dias, assim como os vencimentos mensais e as bonificações em atraso. Em seguida, a prioridade será convocar, até dezembro, parte dos aprovados em seleções das polícias Civil e Militar.
A corporação, porém, precisa também de novas seleções para investigador (nível médio, podendo mudar para o superior, e R$4.454,93), delegado (bacharéis em Direito e R$17.033,22) e perito legista (superior e R$7.829,45). Segundo o chefe da Polícia Civil, delgado Carlos Leba, a expectativa da Civil e do governo é que esses concursos possam ocorrer a partir do ano que vem, com a ajuda da União.
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