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Os desafios do futuro substituto de Janot na PGR

Os desafios do futuro substituto de Janot na PGR



Na Ășltima quarta-feira (28), o presidente Michel Temer (PMDB) indicou Raquel Dodge para substituir Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da RepĂșblica.

Raquel, que ainda serĂĄ sabatinada na CCJ e terĂĄ que ser aprovada pelo Senado, foi a segunda mais votada na lista trĂ­plice preparada pela Associação Nacional dos Procuradores da RepĂșblica (ANPR) – ela recebeu 587 votos. O mais votado foi Nicolao Dino, atual vice-procurador-geral Eleitoral e prĂłximo a Janot, com 621 votos.


Considerada opositora de Janot dentro da PGR, Dodge, que pode se tornar a primeira mulher a chefiar a PGR, enfrenta a tarefa de preservar ou não as investigaçÔes contra o presidente e manter o modelo de trabalho com os desdobramentos da Operação Lava Jato.

Afinal, como provĂĄvel nova PGR, ela terĂĄ o poder de pedir a abertura de uma investigação contra autoridades com foro privilegiado, apresentar denĂșncia contra elas e negociar delaçÔes premiadas.

Publicamente, Raquel declarou ser a favor da continuidade das apuraçÔes da Lava Jato. “NĂŁo podemos regredir nem titubear, apoiarei a Lava Jato. Se necessĂĄrio a ampliarei. A Lava Jato tem demonstrado que ninguĂ©m estĂĄ acima da lei”, disse durante um debate realizado entre os oito candidatos Ă  formação da lista trĂ­plice, no Rio de Janeiro.

Para o consultor jurĂ­dico AĂ­lton Soares De Oliveira, o maior desafio da jurista, caso venha a ser confirmada no cargo, Ă© manter isenção nas açÔes que tramitam no STF envolvendo polĂ­ticos e empresĂĄrios. “Independentemente de qualquer conflito, o texto constitucional deve prevalecer”, diz.

“A operação reanimou os Ăąnimos da sociedade brasileira sobre a punição de figuras pĂșblicas que praticam corrupção”, afirma. E, portanto, para ele, nĂŁo pode ser colocada de escanteio pela provĂĄvel nova procuradora-geral da RepĂșblica.

O segundo desafio, diz o consultor jurĂ­dico, Ă© saber lidar com a exposição como chefe do MPF. “Esse Ă© igualmente outro fenĂŽmeno em razĂŁo das recentes transmissĂ”es televisivas de julgamentos”, afirma. “Levando isso em consideração, critĂ©rios de afinidade polĂ­tica e ideolĂłgica, por exemplo, devem ficar de fora das decisĂ”es. Essa Ă© a melhor forma de a nova PGR preservar sua trajetĂłria profissional, que Ă© imensamente qualificada”.

Em tempo: Raquel Dodge ingressou no MPF em 1987. Ela é mestre em Direito pela Universidade de Harvard e atuou na operação Caixa de Pandora, investigação que levou a prisão do então governador de Brasília, José Roberto Arruda, o primeiro chefe de Executivo local preso no exercício do cargo.

Para FabrĂ­cio Medeiros, professor em Direito Eleitoral do IDP (Instituto Brasiliense de Direito PĂșblico), uma vez no cargo, Raquel Dodge tem o dever de nĂŁo deixar passar a oportunidade de punir atos de corrupção, mas que deve ter absoluta responsabilidade. “Seja como for, a sociedade espera que o futuro Procurador-Geral da RepĂșblica carregue o espĂ­rito do equilĂ­brio no seu DNA”, diz.




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