Do Folha1 - Bretas, o juiz de Garotinho
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal, recebeu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, na sexta-feira à tarde, as petições relacionadas ao Rio de Janeiro, nascidas da delação da Odebrecht. Tudo foi enviado para o Ministério Público Federal (MPF). Entre outros, Bretas será o juiz de Anthony Garotinho, Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Pastor Everaldo e Jorge Bittar. Garotinho e a esposa Rosinha foram citados na delação premiada de ex-executivos da Odebrecht.
Bretas, o juiz de Cabral
Marcelo Bretas já vem atuando no braço da operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Foi ele, por exemplo, que decretou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, em novembro do ano passado. Em dezembro do mesmo ano, ele determinou a prisão da esposa de Cabral, a advogada Adriana Ancelmo. Em março, Bretas autorizou a prisão domiciliar de Adriana, sob o argumento de que o casal tem dois filhos com 11 e 14 anos, que precisam dos cuidados da mãe: “Espero que a decisão possa servir de exemplo a ser aplicado a muitas outras acusadas grávidas ou mãe de crianças que delas dependem e que respondem, encarceradas, a ações penais em todo território nacional”, escreveu o juiz no despacho
Bretas, o juiz de Eike
Marcelo Bretas também decretou a prisão do ex-mega empresário Eike Batista, em janeiro último. Na decisão judicial, Bretas justificou a prisão preventiva do ex-bilionário diante da possibilidade de que persistisse “na prática de atos forjados para acobertar pagamentos ilícitos” e afirmou que sua conduta revelava “sua contemporânea disposição em ludibriar os órgãos estatais de investigação”. Eike teve a prisão relaxada em final de abril pelo STF. Depois, mudada pela Justiça Federal do Rio para domiciliar. Bretas deu três dias para Eike pagar fiança de R$ 52 milhões, caso contrário, volta à prisão.
Bretas, o juiz
Marcelo Bretas é chamado de “Sérgio Moro carioca” por sua atuação firme e decisões altamente técnicas. Tido como sério, severo e discreto, o magistrado nasceu na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio. Filho de um comerciante e uma dona de casa, tem uma rotina de dedicação ao trabalho, à família e à religião. Vida muito diferente de seus réus ilustres.
Sem festa
O Brasil ontem lembrou os 129 anos da abolição da escravatura, sem ter muito a comemorar. Segundo pesquisa da ONU, “Desenvolvimento Humano para Além das Médias”, divulgado semana passada, entre 2000 e 2010 o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) da população negra está uma década atrás da dos brancos. É verdade que o IDMH cresceu, em média, 2,5% ao ano, acumulando alta de 28% no período, frente aos 1,4% anuais dos brancos ou 15% em dez anos. Mas, apesar do ritmo mais acelerado, só em 2010 o IDHM dos negros alcançou a pontuação (0,679) que já havia sido atingida pelos brancos dez anos antes (0,675).
Renda
Com relação à renda, o estudo mostra abismo entre negros e brancos. Em 2010, a renda domiciliar per capita média da população branca era mais que o dobro da população negra: R$1.097,00 ante R$ 508,90. Quanto à escolaridade da população adulta, 62% dos brancos com mais de 18 anos possuíam o fundamental completo, ante 47% de negros.
Bretas, o juiz de Cabral
Marcelo Bretas já vem atuando no braço da operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Foi ele, por exemplo, que decretou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, em novembro do ano passado. Em dezembro do mesmo ano, ele determinou a prisão da esposa de Cabral, a advogada Adriana Ancelmo. Em março, Bretas autorizou a prisão domiciliar de Adriana, sob o argumento de que o casal tem dois filhos com 11 e 14 anos, que precisam dos cuidados da mãe: “Espero que a decisão possa servir de exemplo a ser aplicado a muitas outras acusadas grávidas ou mãe de crianças que delas dependem e que respondem, encarceradas, a ações penais em todo território nacional”, escreveu o juiz no despacho
Bretas, o juiz de Eike
Marcelo Bretas também decretou a prisão do ex-mega empresário Eike Batista, em janeiro último. Na decisão judicial, Bretas justificou a prisão preventiva do ex-bilionário diante da possibilidade de que persistisse “na prática de atos forjados para acobertar pagamentos ilícitos” e afirmou que sua conduta revelava “sua contemporânea disposição em ludibriar os órgãos estatais de investigação”. Eike teve a prisão relaxada em final de abril pelo STF. Depois, mudada pela Justiça Federal do Rio para domiciliar. Bretas deu três dias para Eike pagar fiança de R$ 52 milhões, caso contrário, volta à prisão.
Bretas, o juiz
Marcelo Bretas é chamado de “Sérgio Moro carioca” por sua atuação firme e decisões altamente técnicas. Tido como sério, severo e discreto, o magistrado nasceu na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio. Filho de um comerciante e uma dona de casa, tem uma rotina de dedicação ao trabalho, à família e à religião. Vida muito diferente de seus réus ilustres.
Sem festa
O Brasil ontem lembrou os 129 anos da abolição da escravatura, sem ter muito a comemorar. Segundo pesquisa da ONU, “Desenvolvimento Humano para Além das Médias”, divulgado semana passada, entre 2000 e 2010 o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) da população negra está uma década atrás da dos brancos. É verdade que o IDMH cresceu, em média, 2,5% ao ano, acumulando alta de 28% no período, frente aos 1,4% anuais dos brancos ou 15% em dez anos. Mas, apesar do ritmo mais acelerado, só em 2010 o IDHM dos negros alcançou a pontuação (0,679) que já havia sido atingida pelos brancos dez anos antes (0,675).
Renda
Com relação à renda, o estudo mostra abismo entre negros e brancos. Em 2010, a renda domiciliar per capita média da população branca era mais que o dobro da população negra: R$1.097,00 ante R$ 508,90. Quanto à escolaridade da população adulta, 62% dos brancos com mais de 18 anos possuíam o fundamental completo, ante 47% de negros.
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